Chaminés simbólicas e conjuntos indissociáveis:

a integridade nos tombamentos de núcleos fabris

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24275/OJXM3751

Palavras-chave:

núcleos fabris, integridade, patrimônio industrial

Resumo

A leitura de iniciativas voltadas à salvaguarda de remanescentes do processo de industrialização em alguns países, incluindo o Brasil, aponta para diferentes propostas de reconhecimento dos chamados núcleos fabris. A noção de integridade tem sido adotada como um importante critério a ser considerado tanto nos processos de avaliação e identificação de bens quanto na gestão de sua conservação. O objetivo deste artigo é mostrar que a integridade, apesar de fundamentada em uma teoria, adquire conteúdos diversos quando aplicada. De antemão, a noção de integridade aqui analisada é aquela da Unesco (2005:22): “a medida do caráter completo e intacto do patrimônio natural e/ou cultural e de seus atributos”.

Biografia do Autor

Paula Aragao de Souza, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Brasil

Linhas de investigação: Conservação do Património Cultural.

Virginia Pontual, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Brasil

Linhas de investigação: História do Urbanismo e do Patrimônio Cultural.

Referências

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Publicado

2017-12-12

Como Citar

Aragao de Souza, P., & Pontual, V. (2017). Chaminés simbólicas e conjuntos indissociáveis:: a integridade nos tombamentos de núcleos fabris. ANUARIO DE ESPACIOS URBANOS, HISTORIA, CULTURA Y DISEÑO, (24), 59–74. https://doi.org/10.24275/OJXM3751

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